Sobre o ensino da administração.

Eder Luiz Bolson , em artigo publicado no site http://www.administradores.com.br, observa que a
"A máquina educacional está lenta e enferrujada. Ela funciona da mesma maneira e anda sobre os mesmos trilhos desde o início da revolução industrial. Ela foi concebida pelas elites para transformar os indivíduos em bons e fiéis empregados. Os conhecimentos e habilidades são ministrados para construir pessoas que, depois de formadas, só funcionarão razoavelmente quando ligadas na tomada do emprego. Infelizmente, o desemprego é crescente e irreversível em todo planeta. Infelizmente o sistema de ensino continua sem perceber que o cenário já mudou. Continua sem perceber que é preciso mudar o enfoque. Que o emprego é importante, mas não é o único meio de aplicar os conhecimentos e habilidades recebidos pelos alunos. Que é necessário forjar atitudes empreendedoras nos estudantes. Que é preciso valorizar mais o individuo que gera seu próprio sustento, sem ter um patrão. Que é necessário e urgente começar a desenvolver pessoas dotadas de visão de futuro, perseverantes e preparadas para o processo de sonhar, planejar e construir seu próprio caminho."
A realidade porém, é ainda píor que essa, posto que a "máquina educacional" não busca preparar o jovem para o mercado de trabalho, mas ao contrário, ensiná-lo técnicas e métodos que não encontrarão lugar no exercício profissional. A ploriferação das faculdades de "terceira linha", fez explodir o ensino "desprovido de relação com a realidade". Sabe-se que a maior parte das pessoas formadas em faculdades de terceira linha, não conseguiram cargos de administração, ou gerência. Entretanto, ao invés de ensinar a estes, como preparar uma boa apresentação profissional, como fazer um projeto de vida, de carreira e até de um futuro negócio, estas faculdades preocupam-se em melhor a nota no provão. Como o provão avalia, baseado num currículo que pergunta quem foi Taylor, ou as funções do gerente para Fayol, os estudantes são ensinados a decorrar estes dados, mas ignoram o essencial, que é a construir relações entre eles e a aplicação prática deste conhecimento. Triste, pois não será útil para empreendeder, e também não será útil para conseguir um emprego.

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