Esquerda e Direita.

Após um debate acalorado com amigos, alguns da típica elite esquerdista, e outros da elite de direita, caiu a ficha... elas pouco diferem.
O discurso da esquerda brasileira é a seguinte:
O pobre, coitado, não recebeu educação adequada e é um explorado dentro do jogo capitalista. Por isso não se deve dar dinheiro ao pobre, que continuará sendo explorado, e vai gastá-lo sem consciência. Como ele está em péssimas condições, é função do estado suprí-lo com uma série de serviços, que ele precisa pois não tem condições de obter de outra forma: Escola, Hospital, vale transporte, etc... Esses serviços deveriam ser bem oferecidos pelo estado, mas infelizmente os administradores destes orgãos são todos uns corruptos incompetentes, e assim o Brasil continuará no terceiro mundo por anos, até que pessoas de bom coração tomem o poder, coisa impossível com essa elite que temos ai... Garçom, outra cerveja...
A visão da direita é a seguinte:
O pobre, safado, é um vagabundo por natureza, e como não recebeu educação, vai ficar nessa. Se ele recebe dinheiro do estado, vai gastar em pinga... Veja só o bolsa esmola, o cara que recebe isso, não precisa mais trabalhar e como se sabe, "o trabalho enobrece o homem". Assim, o certo é deixá-lo o mais longe possível do dinheiro do governo. O estado, por outro lado, se bem gerido poderia resolver esses problemas, oferecendo uma educação de qualidade em longo prazo, e segurança (cadeia) no curto. O problema é essa corja de petistas e funcionários públicos que estão no poder. Se uma reforma administrativa for bem feita, teremos um país de primeiro mundo. Garçom, outra cerveja...
A minha visão é a seguinte:
O estado é pouco eficiênte como prestador de serviços pelo seu tamanho e características. (direita) Por outro lado, o jogo está muito desequilibrado no Brasil, e nosso capitalismo é uma farsa (esquerda). No entanto acredito que somente com o esforço individual e o despertar da capacidade empreendedora de cada um esse país vai longe. Isso implica em deixar com cada pessoa a responsabilidade pelo futuro do país, mas também pelo próprio futuro. Desta forma, essa visão que vê as classes mais baixas como "o malandro zé carioca", ou como "o ingênuo Zeca Tatu", ignora a capacidade destas pessoas de empreenderem e serem afinal solução e não problema. Implica em acabar com um estado que coleta 40% do PIB e devolve serviços (ruins). Vamos deixar claro, que acredito em distribuição de renda, e não de serviços. Quer acredito que cada um deva receber DINHEIRO do estado, e deva gastar como bem entender. Se a dona Maria gastar tudo que recebe do estado em pinga, e não sobrar dinheiro para pagar o plano de saúde, problema da D. Maria, que terá que trabalhar se precisar de mais $. Por outro lado, garanto que TODOS os serviços serão melhores, pois, por exemplo as escolas, estarão concorrendo (como num capitalismo de verdade) entre si pelos milhares de alunos com grana para pagar escola neste país.
Alguns poderiam argumentar que se isso fosse verdade, as faculdades privadas seriam melhores que as públicas... e só posso acrescentar o seguinte: Elas são! O problema está na qualidade do aluno das faculdades privadas, formados no ensino público em comparação com os alunos das faculdades públicas, formadas no ensino particular! Se todos os alunos têm uma base fraca, a faculdade tem que dar aulas fracas, e forma pessoas fracas.
Vamos deixar de ser paternalistas e por fé na capacidade de cada um, por favor! Por um país mais empreendedor.

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