Steinbruch

Hoje o Presidênte da CSN escreve no caderno da folha, sobre os objetivos do empresariado brasileiro que: "o objetivo é nobre: fazer o país crescer para dar emprego e bem estar aos brasileiros."
Fico realmente intrigado quando os empresários insistem em não assumir que o objetivo da atividade economica é ganhar dinheiro. Tal tentativa de enobrecer a causa acaba tendo o efeito inverso, e passa as pessoas a sensação que ganhar dinheiro, lucrar, ter uma empresa eficiênte, é algo feio, pouco nobre, ou até antiético. Claro que os empreendedores ajudam o crescimento da economia, levam a criação de novas vagas e a estabilidade social, mas isso não é o seu fim, nem deve ser entendido como tal. Não há dúvidas que o Sr. Benjamin vai preferir "demitir" cem funcionários e substituí-los por uma máquina se isso aumentar a produtividade da CSN. As nossas empresas precisam continuar competitivas, ele dirá. Não estará errado, mas também não vai me convencer que seu objetivo era o bem estar social.
É exatamente nesse limite, na hora em que saímos dos portões da CSN, que as escolhas econômicas devem ser de ambito público. A intervenção estatal na economia não é recomendável, mas certamente espera-se do governo discernimento para saber que atividades deve privilegiar com incentivos (aquelas que geram mais empregos? Ou aquelas que geram bons empregos? Dificilmente aquelas que não geram muitos empregos, e que são calcadas no extrativismo primário, como por um coincidênte exemplo a extração de minério de ferro), que atividades deve estimular com redução de impostos? (as milhares de empresas prestadoras de serviço, onde trabalham a maior parte da população, ou os grandes plantadores de soja?)
Mas isso passa por um projeto de país, e não por sonhos e devaneios, mas nosso Faraó não quer saber disso.

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