Livro Educação Empreendedora

Caros Professores e professoras:
É com orgulho e prazer que os convido para os lançamentos oficiais dos livros Educação Empreendedora, organizado por mim, e para o livro Conexões Empreendedoras escrito por Renato Fonseca de Andrade, do Sebrae SP, que ocorrerão no dia 17 de agosto próximo, a partir das 19:30 horas, no estande do Sebrae, na Bienal do Livro, que ocorre no Anhembi.
Segue anexado o convite, e também a introdução do mesmo, descrevendo o seu conteúdo e colaboradores.
Abraços
Rose Mary A. Lopes
Introdução do Livro:

INTRODUÇÃO
Nas duas últimas décadas, os assuntos Empreendedorismo e Empreendedores avançançaram muito em termos de visibilidade e importância. Entretanto, parece que a temática Educação Empreendedora (EE) ainda carece de uma discussão mais sólida e embasada, que ajude em seu amadurecimento e norteamento, estimulando sua disseminação de forma mais profissional e eficaz. Assim, um grupo de professores, profissionais e pesquisadores envolvidos com a EE, percebeu que, a partir de seu conhecimento e experiências, poderia contribuir para esse aprofundamento e amadurecimento, oferecendo uma plataforma com diversos enfoques e perspectivas.

Apresenta-se, neste livro, um panorama mais abrangente e fundamentado sobre o tema, adicionando casos concretos de aplicação da EE, que pudessem servir de exemplos, e de incentivo para outros professores e interessados.
Nesta obra o leitor encontra, logo no primeiro capítulo – EDUCAÇÃO... EMPREENDEDORA? - escrito por Carlos Amorim Lavieri, professor do Instituto Presbiteriano Mackenzie, uma discussão a respeito da Educação Empreendedora (EE), a partir do enfoque da Educação, em que procura abordar questões centrais e remover preconceitos, e situar como surgiu a EE, por que educar para o empreendedorismo, e preparar o leitor para a sequência dos próximos capítulos.
A seguir, o segundo capítulo – REFERENCIAIS PARA A EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA – escrito por Rose Mary Almeida Lopes, professora da ESPM-SP e FAAP, além de enfatizar a importância da EE para o desenvolvimento econômico e cidadania, aborda definições, níveis de EE, se realmente seria possível educar alguém para o empreendedorismo, e quais os benefícios e resultados da EE. Apresenta padrões
e melhores exemplos quer da União Européia, quanto dos EUA, bem como recomendações, sobretudo para a EE no nível de educação superior. Mostra, ainda, como é a classificação utilizada nas Universidades americanas para avaliar o grau de inserção da EE.

O terceiro capítulo - EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA NO ENSINO FUNDAMENTAL: O CASO DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – foi escrito por Rose Mary Almeida Lopes (já apresentada) e por Maria América de Almeida Teixeira, atual Assessora para Assuntos em Educação, na FUNDHAS (Fundação Hélio Augusto de Souza) e ex- Secretária Municipal de Educação (SME), em São José dos Campos/SP - 2001-2008. Ambas analisam e mostram a situação da EE de I Grau em outros países, bem como o que se recomenda abordar neste nível de educação.
Referem-se ao quadro teórico que influenciou o desenvolvimento e a implementação da EE na Educação Municipal de I Grau em São José dos Campos. Este caso de sucesso demonstra como, através da articulação de diversos programas, pedagogia e metodologias, competições oriundas ou não no Brasil, usados isoladamente, ou em conjunto, pode-se envolver professores e estudantes, com resultados muito interessantes. Os recursos apresentados são: Profissional do Futuro, Feira do Jovem Empreendedor Joseense, Aprendiz de Turismo, Primeiros Passos – Sebrae, Miniempresas do Junior Achievement Brasil, Pedagogia Empreendedora e o Centro de Educação Empreendedora (Cedemp).

No capítulo 4 - EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA NAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS - as professoras e pesquisadoras Zila Grazziotin (UNIFIEO) e a Dra. Maria José Guerra (diversas IES e Pesquisadora da FFLCH/USP) desenvolvem uma análise histórica, sócio-antropológica abordando os desafios da educação para o século XXI, particularmente a necessidade de uma formação empreendedora para o estudante brasileiro. Destacam os aspectos da cultura que devem ser enfrentados pelas IES brasileiras para dar conta de assumir este desafio. A seguir, apresentam os pontos mais relevantes da pesquisa sobre EE em IES, realizada através de meios eletrônicos, que auxiliou na reflexão e na ampliação do debate sobre a inserção do ensino do empreendedorismo nos cursos de graduação, no Brasil. Enfatizam, ainda, questões importantes como a necessidade de interdisciplinaridade oposta ao quadro atual das disciplinas isoladas.
Segue-se, no capítulo 5 - UNIVERSIDADE EMPREENDEDORA: CONCEITO EM EVOLUÇÃO, UNIVERSIDADE EM TRANSFORMAÇÃO – de autoria da professora da UFRJ, e analista de projetos da FINEP, Lucia Radler dos Guaranys, uma discussão sobre a origem, conceitos, parâmetros e critérios do que seja uma Universidade Empreendedora, conceito este ainda em evolução. Apresenta o estudo de caso da PUC-Rio, e sua transformação em direção à Universidade Empreendedora.
Também na mesma linha de Universidade Empreendedora, o capítulo 6 – UNIFEI – UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ: UMA UNIVERSIDADE EMPREENDEDORA, redigido pelo professor Fábio Fowler (UNIFEI), aborda a experiência de mais de 13 anos em EE desta Universidade, desde os passos iniciais do Projeto Escola de Empreendedores, que culminou com a criação do Centro de Empreendedorismo GEFEI (Gestão Empresarial, Formação Empreendedora e Intraempreendedora).

Apresenta uma proposta de modelo para desenvolvimento, implementação e análise de Programas de Desenvolvimento de Empreendedorismo - PDEs, que é base de criação de todos os programas do centro. Como evidências do sucesso concreto do modelo, são detalhadas a aplicação e os resultados correntes de dois programas lançados pelo Centro GEFEI. Finaliza listando as recentes iniciativas e projetos futuros em EE da Universidade.

Ainda enfocando a EE no ensino superior, apresenta-se o capítulo 7 - ESTRATÉGIAS PARA MPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA (PEE) EM NSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR (IES), A PARTIR DA ANÁLISE DE TRAÇOS DA ULTURA ORGANIZACIONAL. Foi redigido por Emerson Vieira (Sebrae-SP), Renato Fonseca e Andrade (Sebrae-SP), e Ana Lúcia Vitale Torkomian (UFSCAR) com o intuito de apresentar lementos para considerar a cultura organizacional na implementação de PEE em IES. Para sto abordam o tema Cultura organizacional, seus conceitos, barreiras e facilitadores relativos à PEE em IES e apresentam um exemplo de estratégia para implementação de PEE. Apresentam também as tipologias de PEE e um método de “leitura” da cultura organizacional.

Uma preocupação dos professores de EE centra-se na pedagogia e nas técnicas da EE. No capítulo 8, Marco Aurélio Bedê, professor e consultor de empresas e organizações, e ex-Sebrae SP, apresenta - UMA AVALIAÇÃO SOBRE O USO DE TÉCNICAS LÚDICAS NO ENSINO DO EMPREENDEDORISMO – também no ensino superior. Baseia-se na experiência com turma de terceiro ano do curso de ciências econômicas de uma Universidade na cidade de São Paulo.
Mostra como estruturou a disciplina em dois blocos, abordando o comportamento empreendedor e o plano de negócios, e também como os próprios alunos avaliaram individualmente a sua evolução do perfil empreendedor, comparando os resultados do início e do final do curso. Assim, procurou detetar como o curso impactou tanto no aspecto do comportamento, quanto na capacidade de elaboração do plano e na futura intenção de empreender.
Um dos recursos mais frequentemente associados à EE é o plano de negócios. Muitos cursos e programas enfatizam o seu ensino, e como que priorizam, e até usamno quase como sinônimo de EE. Este tema é abordado no capítulo 9 - O USO DAS COMPETIÇÕES DE PLANOS DE NEGÓCIOS COMO FERRAMENTA DE ENSINO DE EMPREENDEDORISMO – de autoria do professor Tales Andreassi, da FGV-EAESP, e Rene José Rodrigues Fernandes, que dirige importantes competições de planos de negócios promovidas pelo Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV – GVCenn, Centro em que ambos atuam. Este capítulo objetiva fazer um panorama geral das competições, mostrando a ligação com o uso de planos de negócios, a evolução histórica, as justificativas para sua existência, as formas de organização, os casos de sucesso, as críticas e outras implicações. Terminam discutindo como esta ferramenta se relaciona ao uso do modelo effectuation no ensino do empreendedorismo.
Por fim, apresenta-se a contribuição de Ronald Jean Degen, que foi o pioneiro na introdução de cursos de empreendedorismo no Brasil, em 1980 em São Paulo, e responsável pelo primeiro livro didático em português sobre este assunto.
O capítulo 10
- CURSO DE EMPREENDEDORISMO PARA PROMOVER O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E A REDUÇÃO DA POBREZA - apresenta sua proposta e sua reflexão sobre o duplo papel a ser exercido pelas escolas técnicas e instituições de ensino superior como fomentadoras tanto de empreendedores por oportunidade, como por necessidade. No caso do empreendedorismo por oportunidade, advoga que se deva investir nos alunos mais maduros, aqueles que, após agregar certa experiência profissional, regressam à Faculdade e Universidade para uma inflexão nesta carreira, particularmente, ao se definirem como interessados em empreender.
Propõe que sejam envolvidos dentro de um determinado formato de programa, que articularia módulos presenciais com módulos virtuais – períodos de orientação e acompanhamento virtual, em que seriam auxiliados a elaborar e maturar planos de negócios mais maduros e consistentes, com maiores chances de vingar e ter sucesso. Por outro lado, as escolas técnicas e as universidades deveriam exercer o papel de “agentes socializantes” ao motivar e apoiar os seus alunos a promover a inclusão social através do empreendedorismo por necessidade. Para isso, é preciso analisar os bolsões de pobreza extrema, encontrar formas de neles promover o empreendedorismo, transformar a necessidade em oportunidade, e, assim, tirar definitivamente as pessoas da pobreza.
Espera-se que, de fato, esta obra coletiva venha a cooperar para a disseminação da Educação Empreendedora no Brasil, tornando-a mais profissional e eficaz. E, que, ao provocar resultados, venha a fazer com que muitos adotem esta opção de serem pró-ativos e protagonistas de suas vidas, cooperando para a sobrevivência, sustentabilidade, realização e vida de outras pessoas, e, fazendo todos, um país melhor.

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